Cria da Bruma
Sou uma filha da bruma
Cada poro respira o sal
O basalto é o meu corpo etéreo
Sou a gaivota que está mar!
As cinzas dos Capelinhos são as contas do meu terço
E a as ave marias de minha mãe adoptiva
São canções de embalar
Arrancada para a imensidão do continente
E separada da terra orvalhada…
Mas ainda sou uma cria da bruma!
Levando-me para próximo de minha mãe!
Mas sou uma cria incompleta do arquipélago
Cria da Bruma
Manuela Bulcão